The Lurker - Back in Business (ou Meega, nala kwishta!)
Existem poucas coisas mais chatas do que ter que fazer uma viagem para um lugar que, notadamente não se gosta. Mais ainda, quando todo mundo com quem você fala do destino acha que você está indo para a coisa mais divina da Terra. Então, deixo registrado para que não reste dúvidas: Maceió é o que existe depois que se cai do proverbial abismo, ao final do horizonte. É o local que os antigos navegadores imaginavam que um sem número de dragões, serpentes e outras feras mitológicas fariam suas naves em pedaços. Oh, terrinha! Acho que, tirando São Luis, é a coisa mais próxima do fim do mundo made in Brazil.
Como na maior parte do nordeste, o povo é extremamente agradável e receptivo. Até mesmo como uma "compensação" pela falta de recursos. Mas, também como na maior parte do nordeste, as dificuldades são perenes e, no caso de Alagoas, em especial no que tange à educação, acachapantes: o estado conseguiu roubar do Maranhão o lugar de pior colocado, considerando-se os resultados nacionais. Taxas de repetência e evasão que chegam a 70% em alguns casos, e de analfabetismo em mais de 26%, não ajudam em nada. E, com isso vem uma vitimização de quem não consegue enxergar uma saída no meio de tanta miséria.
Depois de três dias de degredo, esperava pelo menos molhar o pé na praia. Santa Clara disse que não, mandando uma manhã de sábado nublada. Os nativos avisaram que não devia ir ao mar, por conta de "contágios". ?Praia somente depois do terceiro dia de sol?. Hepatite? Não, doenças de pele.... sigh... e, unindo insulto à injuria, o Ara Ketu resolve hospedar-se no mesmo hotel em que estou "preso". Relpi!
Bem, estas são, então, as recomendações para quem, como eu, se descobrir arrastado para este canto. Como sempre, o guia do viajante aborrecido e mau humorado apresenta:
Onde comer: Divina Gula é um restaurante simpático em três "ambientes" - Calçada, família e um mais, digamos, reservado. Mesas na parte interna, com ar-condicionado e música ambiente, e externa, bastante ventilada. Recomento o primeiro para os solteiros e o último aos casais. É uma casa mineira com bem cuidado jardim na entrada e bonita decoração. Panelas de cobre, peças de artesanato e uma réplica de alambique original, que demonstra todos os passos da fabricação da cachaça. Serviço descontraído (pergunte pelo Assis e diga que fui eu que mandei :-). Faz parte da Associação Brasileira da Boa Lembrança e exibe nas paredes os pratos de porcelana pintados à mão. Vários artistas famosos já comeram na casa e deixaram simpáticas dedicatórias nos murais montados na entrada.
Onde ficar: O Maceió Mar Hotel é um hotel modesto, mas com uma boa localização na Ponta Verde. Bonita vista do mar (aonde os banhistas, como eu, não vão). O serviço é honesto e o preço razoável, incluindo café da manhã variado, que inclui iguarias da terra. Mas o que me encantou foi a rede WiFi. Em teoria, funciona gratuitamente nos quartos. Na realidade, é uma lesma se vc não se aproximar do hot-spot. Mas no Hall é uma bala a 54 MBps. Mesmo hotéis de melhor categoria levam um banho neste quesito.
The Lurker says - Anuncie neste espaço. :-)
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Um comentário:
Pessoa de primeiríssima qualidade.
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